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Cirurgião Vascular São Paulo
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Lipedema
Lipedema: quando o acúmulo de gordura nas pernas e braços é muito mais do que estética
Ao longo dos meus anos de atuação na medicina vascular, especialmente como

especialista lipedema

, atendi no meu consultório no bairro do Paraíso, em São Paulo, muitas pacientes que relatavam dor, inchaço e gordura localizada, especialmente nas pernas e braços, com forte impacto na autoestima e na qualidade de vida. Muitas delas já haviam passado por diversos médicos sem obter respostas conclusivas. Em muitos desses casos, estávamos diante de um quadro de lipedema.

Essa condição, embora relativamente comum, ainda é pouco conhecida e muitas vezes confundida com obesidade, celulite ou até linfedema. Por isso, preparei este conteúdo para explicar o que é o lipedema, como é feito o diagnóstico, as opções de tratamento disponíveis e o que você pode esperar ao procurar um médico especialista Lipedema.

O que é lipedema? O lipedema é uma doença crônica que atinge quase exclusivamente mulheres e se caracteriza pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços, sempre de forma simétrica, ou seja, dos dois lados do corpo. Essa gordura não responde às dietas nem aos exercícios e, além do volume aumentado, costuma causar dor, sensibilidade ao toque, inchaço e formação de hematomas espontâneos.

Apesar de ter sido descrito pela primeira vez em 1940, apenas recentemente o lipedema passou a ser reconhecido como uma condição clínica específica pela Organização Mundial da Saúde, com inclusão na CID-11.

Lipedema é diferente de obesidade Essa é uma dúvida comum no consultório. Ao contrário da obesidade, o lipedema é localizado e afeta principalmente os membros inferiores (coxas, pernas, tornozelos) e, em alguns casos, os braços, sempre poupando mãos e pés. Além disso, o tecido afetado é doloroso, e a gordura tem uma consistência diferente, mais fibrosa. Muitas pacientes relatam sentir dor constante ou ao toque e hematomas frequentes sem motivo aparente.

A obesidade, por outro lado, apresenta uma distribuição mais difusa da gordura corporal e responde melhor a mudanças na dieta e à prática de atividade física.

Quando o diagnóstico é negligenciado O lipedema pode ser confundido com outras condições como celulite, obesidade comum, linfedema ou insuficiência venosa crônica. Essa confusão pode atrasar o tratamento adequado por anos. Infelizmente, muitas mulheres convivem com dor e desconforto sem saber que têm uma condição médica real que exige uma abordagem específica.

A seguir apresenta‑se uma comparação detalhada entre lipedema, linfedema e obesidade, destacando suas principais características clínicas, fisiopatológicas e psicossociais. Este texto descreve aspectos como padrão de distribuição, dor, resposta a intervenções e impacto na qualidade de vida, permitindo uma visão integrada de cada condição.

O lipedema caracteriza‑se pela deposição simétrica de tecido adiposo, sobretudo nas pernas e/ou braços, poupando mãos e pés. As pacientes frequentemente relatam dor ao toque e sensação de peso nos membros, bem como fácil formação de hematomas mesmo após traumas leves. O edema tende a piorar ao longo do dia e, diferentemente da obesidade, a “gordura doente” do lipedema responde mal a dietas e exercícios, exigindo abordagens específicas. Esse quadro afeta quase exclusivamente mulheres (até 99%) e, no teste de Stemmer, a pele pode ser pinçada na base do segundo dedo (resultado negativo). A etiologia envolve fatores genéticos e hormonais (estrogênio), configurando‑se como uma doença do tecido adiposo; apesar do desconforto, há baixa prevalência de comorbidades metabólicas como diabetes e hipertensão. Psicologicamente, o lipedema costuma gerar impacto elevado na autoestima, devido às alterações na imagem corporal e à frustração com tratamento do lipedema convencional.

O linfedema, por sua vez, manifesta‑se de forma assimétrica, com frequência unilateral, e acomete mãos e pés, apresentando edema persistente e depressível. Geralmente indolor, o linfedema raramente provoca hematomas e sua resposta a dietas e exercícios é parcial, dependendo do estágio e da extensão da disfunção linfática. Ambos os sexos podem ser afetados; no teste de Stemmer, a pele não se solta, indicando resultado positivo. Originado por obstrução ou falha linfática (congênita ou adquirida), o linfedema tem comorbidades metabólicas variáveis, conforme cada caso, e também impacta negativamente a autoestima, sobretudo nos estágios mais avançados.

Já a obesidade apresenta aumento generalizado de gordura corporal, que pode ou não envolver mãos e pés, a depender do grau de acúmulo. A dor não é característica típica e a tendência a hematomas é baixa. Edema pode ocorrer, sobretudo em sedentários ou em casos de insuficiência venosa crônica, mas, de modo geral, a obesidade responde bem à reeducação alimentar e à prática de atividades físicas. Afetando ambos os sexos, não existe aplicação do teste de Stemmer. A causa principal relaciona‑se ao excesso calórico, sedentarismo e predisposição genética/metabólica. Ao contrário do lipedema, a obesidade apresenta alta prevalência de síndrome metabólica, diabetes e hipertensão, e seu impacto na autoestima varia, ainda que muitas pessoas também sofram com alterações na autoimagem.

Em síntese, embora lipedema, linfedema e obesidade compartilhem o sintoma comum de aumento de volume corporal, diferem significativamente quanto à distribuição do inchaço, presença de dor, tendência a hematomas, resposta a dietas e exercícios, fatores de risco metabólico e repercussões psicossociais. Reconhecer essas particularidades é fundamental para o diagnóstico diferencial e para a definição de estratégias terapêuticas individualizadas, que considerem tanto as necessidades clínicas quanto o bem‑estar emocional de cada paciente.

Fatores de risco para lipedema Os principais fatores de risco identificados na literatura médica são:
• Sexo feminino (quase exclusividade da doença)
• Histórico familiar positivo
• Períodos de flutuação hormonal, como puberdade, gestação e menopausa
• Estilo de vida sedentário
• Obesidade concomitante, que pode agravar o quadro
• Predisposição genética (hereditariedade em até 64% dos casos)

Classificação do lipedema Existem dois critérios principais para classificar o lipedema: localização da gordura e estágio de gravidade.

Por localização:
• Tipo I: Quadris e nádegas
• Tipo II: Coxas até os joelhos
• Tipo III: Quadris até tornozelos
• Tipo IV: Membros superiores e inferiores
• Tipo V: Apenas braços

Por gravidade:
• Estágio 1: Pele lisa com aumento do tecido subcutâneo
• Estágio 2: Pele irregular, nódulos e ondulações
• Estágio 3: Deformidade e grandes acúmulos de gordura
• Estágio 4: Lipedema com linfedema associado (lipolinfedema)

Estágios do Lipedema

Como é feito o diagnóstico Como médico especialista em lipedema, o diagnóstico que realizo é clínico, ou seja, baseado na análise dos sintomas, histórico da paciente e exame físico detalhado. Em casos de dúvida ou para exclusão de outras doenças, podemos recorrer a exames como:
• Ultrassonografia do tecido subcutâneo
• Linfocintilografia
• Ressonância magnética para avaliação da gordura
• Bioimpedância para composição corporal

Durante a consulta, costumo aplicar questionários clínicos específicos para avaliar dor, impacto na qualidade de vida e fadiga. Avaliamos também: • Simetria do acúmulo de gordura
• Presença de nódulos subcutâneos
• Teste de Stemmer (negativo no lipedema)
• Sensibilidade da pele e presença de hematomas

Tratamentos Como

médico lipedema

, acredito que o sucesso no tratamento lipedema depende da combinação personalizada de estratégias clínicas, físicas e, quando necessário, cirúrgicas. A seguir, explico com mais profundidade cada abordagem que aplico ou recomendo no acompanhamento das minhas pacientes.

1. Terapia de compressão

A compressão é uma das primeiras medidas indicadas para reduzir o desconforto e controlar a progressão da doença. A função principal da terapia compressiva é:

• Reduzir o edema e o acúmulo de líquidos
• Melhorar o retorno venoso e linfático
• Diminuir a dor e sensação de peso nas pernas
• Modelar o contorno corporal, principalmente após cirurgia

meia de compressão para lipedema

Utilizamos meias elásticas de compressão graduada (10–20 mmHg nos estágios iniciais e até 40 mmHg em graus mais avançados), além de bandagens multicamadas nos casos com lipolinfedema associado.

Oriento cada paciente sobre como vestir, higienizar e manter suas peças compressivas, além de adaptar o tipo de compressão ao estágio e ao estilo de vida da paciente. Quando bem orientada, a compressão deixa de ser incômoda e passa a ser uma aliada diária.

2. Drenagem linfática manual

A Drenagem é uma técnica fisioterapêutica específica, com movimentos suaves e ritmados, que estimula o sistema linfático a reabsorver o excesso de líquidos nos tecidos. Isso alivia a pressão nos vasos e melhora a dor.

Drenagem linfática manual para lipedema

Em minhas pacientes, observo os seguintes benefícios com o uso regular da drenagem:
• Redução do inchaço
• Melhora da sensibilidade ao toque
• Diminuição da pressão tecidual
• Mais leveza nas pernas

É fundamental que a drenagem seja feita por profissionais treinados em fisioterapia vascular ou linfática, pois a técnica incorreta pode não trazer resultados – ou pior, causar danos.

3. Atividade física adaptada

A prática regular de exercícios físicos é uma aliada importante no controle dos sintomas e no retardo da progressão do lipedema. No entanto, o tipo de atividade deve ser cuidadosamente escolhido para evitar sobrecarga articular e desconforto.

As atividades que costumo recomendar incluem:
• Natação e hidroginástica: proporcionam resistência sem impacto
• Caminhadas leves: ideais quando há pouca dor
• Bicicleta ergométrica ou elíptico: favorecem o bombeamento muscular
• Pilates clínico: trabalha a estabilidade do core e postura

Importante destacar que a perda de gordura nas áreas afetadas pelo lipedema não é o objetivo primário do exercício, já que essa gordura é resistente. O foco é melhorar o sistema linfático, a circulação venosa, a força muscular e a mobilidade.

4. Fisioterapia vascular e funcional

O trabalho fisioterapêutico vai além da drenagem linfática. Em parceria com fisioterapeutas especializados, indicamos:
• Terapia por ondas de choque extracorpóreas: pode reduzir a fibrose do tecido gorduroso e melhorar a dor
• Eletroterapia: útil para alívio da dor
• Laser de baixa intensidade: atua sobre a inflamação tecidual
• Exercícios terapêuticos supervisionados: com foco em propriocepção, força e funcionalidade

Pacientes com lipedema frequentemente apresentam desequilíbrios posturais, alterações na marcha e até encurtamentos musculares, especialmente nos estágios avançados. O trabalho funcional é essencial para devolver mobilidade e evitar quedas ou degenerações osteoarticulares.

5. Nutrição anti-inflamatória e dietas específicas

Embora o lipedema não seja causado pela alimentação, uma dieta adequada pode ajudar a controlar a inflamação, melhorar a disposição e evitar ganho de peso, que agrava os sintomas. Em muitos casos, encaminho minhas pacientes para nutricionistas especializados, com protocolos que incluem:

• Dieta cetogênica: pobre em carboidratos e rica em boas gorduras, estimula a cetose, o que pode melhorar a resposta inflamatória e reduzir o volume dos membros
• Dieta mediterrânea modificada: foca em alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios, com controle calórico e exclusão de industrializados
• Suplementação personalizada: como magnésio, ômega-3, probióticos e compostos bioativos que melhoram a função endotelial

Importante: as dietas devem ser adaptadas à realidade metabólica e às preferências alimentares da paciente. Como médico Lipedema, não recomendo restrições severas sem supervisão profissional, pois podem gerar distúrbios alimentares ou deficiências nutricionais.

6. Educação e autogestão

O conhecimento sobre a própria condição empodera a paciente e melhora a adesão ao tratamento do Lipedema. No consultório em São Paulo, reservo tempo para explicar:
• Como o lipedema se comporta ao longo do tempo
• Quais sintomas devem ser observados
• Como adaptar o dia a dia (trabalho, roupas, sapatos, transporte)
• Como monitorar a evolução
• Como lidar com o impacto psicológico

Muitas vezes, indico grupos de apoio e recursos educativos para que a paciente se sinta menos sozinha nessa jornada. Entender que se trata de uma doença com base genética e hormonal – e não de uma “falha pessoal” – é fundamental para quebrar o ciclo de culpa e frustração.

7. Tratamento cirúrgico: lipoaspiração para lipedema

A lipoaspiração é, até o momento, o único tratamento capaz de remover o tecido adiposo alterado pelo lipedema. Não se trata de uma cirurgia estética, mas sim de uma intervenção funcional e terapêutica, que pode mudar profundamente a vida da paciente.

lipoaspiração para lipedema

A cirurgia é realizada por cirurgiões plásticos parceiros, altamente capacitados e experientes em casos de lipedema. A técnica mais utilizada é a tumescente com cânulas finas, que permite:
• Maior segurança para estruturas linfáticas
• Menor trauma tecidual
• Controle do sangramento
• Recuperação mais rápida

O procedimento é realizado em sessões planejadas por região. Nos casos mais avançados, podem ser necessárias múltiplas intervenções para atingir o resultado ideal.

Benefícios observados:
• Redução significativa da dor
• Melhora da mobilidade
• Diminuição da tendência a hematomas
• Melhora estética e psicológica
• Redução da necessidade de compressão diária intensa

Cuidados antes e depois da cirurgia:

Pré-operatório:
• Avaliação cardiovascular completa
• Otimização da função linfática
• Planejamento da compressão pós-cirúrgica

Pós-operatório:
• Drenagem linfática iniciada precocemente
• Compressão contínua por 4 a 6 semanas
• Mobilização precoce com supervisão
• Cuidados com a pele e as incisões

A

cirurgia Lipedema

não é uma cura definitiva, mas pode ser um divisor de águas. Os melhores resultados são alcançados quando há comprometimento com o acompanhamento clínico e manutenção das terapias conservadoras.

8. Atenção à saúde mental

Além de aliviar os sintomas físicos, é essencial olhar para o sofrimento emocional que acompanha o lipedema. Ansiedade, tristeza, culpa e isolamento social são muito comuns.

Sempre que necessário, encaminho minhas pacientes a psicólogos e terapeutas especializados para o desenvolvimento de estratégias saudáveis de enfrentamento. A abordagem integrada, corpo e mente, é indispensável para o sucesso do tratamento a longo prazo.

Viver com lipedema: é possível recuperar qualidade de vida Com o diagnóstico correto, tratamento adequado e apoio de um especialista em lipedema, é possível controlar os sintomas, melhorar a mobilidade, reduzir a dor e recuperar a autoestima.

Já acompanhei casos em que pacientes que mal conseguiam caminhar voltaram a se movimentar com liberdade. Outras voltaram a usar roupas que não serviam há anos. Esses resultados são reais e possíveis — mas exigem comprometimento com o plano terapêutico e o entendimento de que estamos lidando com uma doença crônica.

Se você suspeita que pode ter lipedema, ou se já recebeu esse diagnóstico e precisa de orientação sobre o melhor caminho a seguir, agende uma avaliação comigo.

Como cirurgião vascular especializado em lipedema, estou preparado para oferecer um olhar atento, diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado — sempre com foco na sua qualidade de vida.

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Dr. Rafael Apoloni
Especialista
Cirurgia
Vascular
"Sou formado em Medicina pela Universidade de São Paulo, possuo títulos de especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBAVC)."

Dr. Rafael Corrêa Apoloni
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Fabio Lamberti
Fabio Lamberti
28/08/2023
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Todos muito atenciosos O atendimento e comprometimento do Dr é absolutamente espetacular. Muito bom
Angela Hellmeister
Angela Hellmeister
02/03/2023
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Dr.Rafael é um profissional especial....excelente atendimento,atencioso e cuidadoso!!
Andréa H.
Andréa H.
02/03/2023
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Excelente atendimento e profissional maravilhoso !
Barbara Cristina
Barbara Cristina
25/11/2022
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Excelente profissional! Meu tratamento foi para vasinhos e o resultado foi alcançado. Indico para todos que estão em busca de um resultado 100% eficaz.
Marcelino Paraguassu Damaceno Neto
Marcelino Paraguassu Damaceno Neto
18/08/2022
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Ótimo ,médico fiz meu tratamento com ele ,e obetive um ótimo , resultado , recomendo a todos ,estou muito satisfeita ,meus parabéns Dr
Edson Machado (Machadão)
Edson Machado (Machadão)
29/06/2022
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O Dr. Rafael foi impressionante, educado, atencioso e muito competente. A cirurgia de varizes foi um sucesso e a recuperação melhor ainda ( mais rápido do que eu imaginava). Todo o processo desde a internação até a recuperação foi muito bem explicado. O pós operatório foi de primeira. Eu recomendo este médico, pois se trata de um profissional muito gabaritado. Só para constar.. o consultório é bem localizado e o atendimento na recepção é muito bom. Parabéns a todos.
aninha limaa Lima
aninha limaa Lima
27/06/2022
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Dr.Rafael um excelente profissional...
Adele Pedrão
Adele Pedrão
15/09/2020
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Ótimo cirurgião Excelente atendimento. Ficou perfeito.
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